sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Maria Auxiliadora Espíndola

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes - AVIMACLA

Presidente: Ivone Boechat
Patrono: Ricardo Boechat
Acadêmico: Nedes Ribeiro
Cadeira: 04
PERSONALIDADE QUE ESCREVEU UMA BONITA PÁGINA NA HISTÓRIA DE MAGÉ
PROFESSORA MARIA AUXILIADORA MOREIRA ESPINDOLA
Maria Auxiliadora Moreira Espíndola, filha de José Gomes Moreira e de Waldemira de Carvalho Moreira, nasceu em Sumidouro-RJ, em 08 de dezembro de 1935 e quando tinha 08 dias de vida sua família foi morar em Santo Aleixo- 2º Distrito de Magé- RJ
A história de nossa família começa com uma senhora portuguesa que coloca seu filho, José Rodrigues de Carvalho, um adolescente de 14 anos, em um navio cargueiro, rumo ao Brasil que não podia viajar nos navios de passageiros, por ser menor de idade. Era meu avô. Sua mãe queria evitar que o governo de Portugal convocasse seu filho para a guerra com outro país. Chegando ao Rio de Janeiro, o adolescente dormiu algumas noites num banco da praça, em frente ao Hospital São Francisco de Assis. Ele conseguiu emprego nesse Hospital, estudou, fez o Curso para Farmacêutico e o seu diploma foi assinado por D. Pedro Il.
Na segunda metade do século XIX, meu avô se transferiu para Sumidouro, Município do Estado do Rio de Janeiro, cujo nome se deve a um acidente geográfico do Rio Paquequer, que desaparecia sob a laje e reaparecia 300 metros depois. Ali, meu avô se casou e teve nove filhos, ficou viúvo e se casou novamente, com aquela que seria minha avó, que era vinte e um anos mais nova do que ele. Nesse segundo casamento do meu avô, José, nasceram também 9 filhos e, dentre eles, minha mãe, Waldemira, que tinha o apelido “Santinha", por ter nascido no dia primeiro de novembro de 1911, Dia de Todos os Santos
Mais tarde, Santinha, minha querida mãe, que sempre foi uma mulher extraordinária, foi professora pioneira em Santo Aleixo, dedicada e admirada pelos alunos e seus pais. Apesar de grandes lutas, após criar seus 09 filhos, já com a idade diferenciada dos outros professores, cumpriu sua missão de educadora também fora do lar. Sua pedagogia era totalmente baseada na alegria de estar sendo importante naquele momento histórico de escassez de professores no Município de Magé. E ela se apresentou para lutar contra o analfabetismo. Tinha prazer de ver a criança lendo e sendo educada.
Fui alfabetizada e cursei o ensino primário na Sétima Escola Mista de Andorinhas, que passou a se chamar mais tarde Colégio Estadual Avelino Barcelos (em homenagem a um grande médico que trabalhou nas Fábricas de Andorinhas e Santo Aleixo). Mais tarde essa escola mudou de nome novamente para Colégio Estadual Ruth Taldo França.
Estudei as três primeiras séries do antigo Curso Ginasial no Colégio São Paulo, em Teresópolis, o quarto ano e o Curso Normal, no Colégio Santa Isabel, em Petrópolis. Eram colégios de freiras, em regime de internato.
Conclui o Curso de Professores (Escola Normal) em 1954 e comecei a trabalhar em abril de 1955, no Colégio Estadual Avelino Barcelos
No dia 10 de dezembro de 1955, Emmanoel Lupério Espíndola e eu nos casamos na antiga Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Andorinhas.
Em 1974, concluí o Curso de Direito na Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. Tenho três filhos: Ricardo, Cláudia e Andréa, que são meu orgulho e minha alegria de viver.
A minha vida profissional foi marcada por desafios, porque tive a oportunidade de atuar na direção de duas escolas tradicionais de Santo Aleixo.Trabalhei no Colégio Estadual Avelino Barcelos – em Andorinhas como professora e diretora e fui diretora do Colégio Estadual Joaquim Leitão – na Vila Operária, em Santo Aleixo. Duas grandes experiências que me fizeram amadurecer muito como educadora.
Na minha trajetória profissional, tive a honra de ser professora nos mais diferentes segmentos escolares. Lecionei Português e Direito Usual e Legislação Aplicada para a oitava série e para o segundo grau.
Fui aprovada em novo Concurso Público e com essa segunda matrícula, fui Supervisora da Merenda Escolar. Em 2006, pedi transferência para Niterói, onde me aposentei. Durante mais de 50 anos estive envolvida na educação dos municípios de Magé e Niterói, onde sempre trabalhei.
(Depoimento da professora Maria Auxiliadora Espíndola)
Sou Nedes Ribeiro e posso afirmar que tive ótimos professores, todos deixaram alguma boa lembrança. Como não dá para homenagear a todos, separadamente, fica aqui o registro de uma das minhas professoras preferidas:
Maria Auxiliadora Moreira Espíndola.
Maria Auxiliadora será para mim uma pessoa inesquecível. Tive o imenso prazer de ser seu aluno, no Ensino Fundamental (antigo Primeiro Grau, terceira série) e mais tarde no Ensino Médio (antigo Segundo Grau, no curso Técnico em Administração, no extinto Instituto Pedagógico).
Sempre elegante, dedicada, responsável e de virtudes infindas que faziam dela uma pessoa muito especial, ela jamais será esquecida por onde deixou sua marca registrada.
Parabéns aos familiares que com certeza, têm muito orgulho em tê-la como membro de sua família.
A Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes – AVIMACLA reconhece o valor dos professores pioneiros que dedicaram suas vidas à dura, mas gloriosa missão de educar. A professora Maria Auxiliadora Moreira Espíndola recebe esta homenagem por se conduzir dignamente e de maneira marcante por todos os caminhos por onde passou, até tornar-se uma referência na educação.
Por sua competência, delicadeza, simpatia, gentileza, pela dedicação ao magistério que luta pela inclusão de todos
PROFESSORA MARIA AUXILIADORA MOREIRA ESPÍNDOLA É UMA PROFESSORA INESQUECÍVEL.
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