quinta-feira, 15 de junho de 2017


Vivo

Ivone Boechat

Acordo
como pretendo,
faço planos,
pago o custo, 
vivo bem se compreendo
cada susto
da sobrevivência...
se não vivo,
acabo me perdendo,
então vou dando lustro
nas dores da experiência.

                     

quarta-feira, 14 de junho de 2017


Amor virtual

Ivone Boechat

Teu sorriso eletrônico
despertou o amor
programado no computador;
entrei no site do afeto,
digitei
o perfil
predileto,
o endereço
completo
dos sonhos,
da felicidade,
do amor...
inclui a senha
das ilusões,
armazenei sentimentos,
instalei anti vírus
do ciúme digital,
só não pude resistir
por muito tempo,
fui logar
no teu amor virtual.


A peça
Ivone Boechat


No grande palco da vida,
quando a representação
individual cessa,
aos poucos,
os personagens
vão saindo,
sem retorno,
quando a morte
faz sinais
para deixar a via;
ao terminar
a participação na peça,
eles  saem,
deixando a marca
singular da pressa,
no perfume dos seus
próprios sonhos,
num rastro  de utopia. 

segunda-feira, 5 de junho de 2017


O que o educador pode dizer?


Ivone Boechat


O que dizer a uma criança, a um jovem, ao idoso, a alguém que assiste, perplexo, pelos meios de comunicação, a tanta destruição, vandalismo, quebra-quebra, planejado por radicais livres, leves e soltos, mascarados profissionais, muito bem pagos, a pretexto de indignação, por este ou aquele motivo político?

O que dizer dos maus elementos travestidos de “políticos” que não têm o menor compromisso com o povo, porque já provaram que, na mínima oportunidade, surrupiam os cofres públicos e nem se importam com a fome e o abandono de milhares de pessoas, seus eternos e fiéis eleitores, coitados!

O que dizer de “jornalistas” que generalizam, confundem, induzem multidões ao erro, quando se precipitam com “notícias” equivocadas que esmagam esperanças. Ou então selecionam as piores desgraças para contar a todos, sem se importar com horário, idade, saúde, com a desculpa de “vê quem quer”. A ética passa longe! Esses têm o prazer de grifar o pior, como se no Brasil não acontecesse nada de bom.

O que dizer aos “educadores” ideológicos que consomem o tempo dos estudantes, traem as famílias, ao invés de ensinar os valores fundamentais para a construção do cidadão? Sala de aula não é diretório nem palanque é uma grandiosa oportunidade para a educação. Se “doutrinadores” gastam o tempo discipulando para desfraldar uma bandeira que não seja a brasileira, deveriam exercer a profissão custeada por aqueles que lhe encomendaram a  tarefa de desmoronar o país e  as instituições. A verba destinada à educação tem que ser investida na educação básica!

O bebê chega de fraldas à escola. Ele quer espaço para brincar, cantar, ser feliz. Ele nem sabe o que é aprender, porque ensina muito mais do que aprende. Mas cresce, passa a entender o mundo ao redor! Que tristeza! O menino vai crescendo e se traumatizando com tanta violência pra todo lado! Muito cedo vem a decepção com as chamadas “autoridades”, devido ao comportamento ridículo que essas crianças veem e registram pelos meios de comunicação.

É tempo de colocar a pátria, tão mal amada, no centro das prioridades! A sociedade está carente de assistência! Todos sabem que é a educação que traça o rumo. Exemplo ruim está sendo praticado a olhos vistos, até por aqueles que se proclamam “educadores”, quando invertem os objetivos educacionais e pervertem politicamente com mentiras. Mentiras, fábulas, delírios têm no jovem um terreno fértil. Os profissionais do mal sabem disto. Por causa dos “meios que justificam os fins” insistem e conduzem as vítimas a um velho curral eleitoral, mesmo tendo plena consciência do mal que fazem ao Brasil.

O Brasil é lindo! É uma potência! É rico! Tem quase tudo para dar certo, mas quem sabe, tropeça em você: saia da frente se você não é educador, se não é um político honesto, se não é o governante que prometeu ser. Devolva ao povo brasileiro o que ele sempre teve: esperança.