terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Mestre Valentim

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes – AVIMACLA

Presidente: Ivone Boechat
Patrono: Mestre Valentim
Acadêmica: Sônia Monteiro Chiappini
Cadeira: 27
POR QUE VALENTIM DA FONSECA DA SILVA – MESTRE VALENTIM - É MEU PATRONO ?
Valentim da Fonseca da Silva, natural do Serro, no Vale do Jequitinhonha, na Capitania de Minas Gerais (1745/ 1813). Filho de um Fidalgo português, que atuava como contratador de diamantes no Distrito de Diamantino e uma negra natural do Brasil.
Para estudiosos da arte colonial brasileira, o mineiro, que viveu na antiga Vila do Príncipe, até aos três anos, morou em Portugal e depois se estabeleceu na capital Fluminense, é considerado o “Aleijadinho do Rio de Janeiro”, com trabalhos em pedra (mármore e granito), metal e madeira, alguns de destaque no Jardim Botânico da cidade.
Valentim foi o primeiro a produzir estátuas fundidas em bronze no Brasil, atividade que depois foi proibida, devido ao risco à Coroa portuguesa representado pela possibilidade de fundição de armas na Colônia.
A obra do Mestre Valentim é composta por talhas para igrejas do Rio de Janeiro, esculturas (tanto em madeira quanto em metal, nas quais se destacou), peças em metal (muitas presentes em igrejas da Capital Fluminense) e obras urbanísticas no Rio de Janeiro, para as quais foi designado pelo amigo e protetor D. Luís de Vasconcelos e Souza.
É quem é esse Dom Luis de Vasconcelos e Souza?
Luís de Vasconcelos e Sousa,foi um nobre Administrador Colonial Português e o 12º Vice-rei do Brasil de 1778 a 1790. Vice-rei, foi o título, usado pela Monarquia Portuguesa para designar o Governador e representante do Rei no território brasileiro.
Esse Vice-rei foi importante para Magé, pois foi pela assinatura do Ato nº 09 em 09 de junho de 1789, elevou a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade de Magepe, que pertencia à Vila de Santo Antonio de Sá e Macuco, em Foral de Vila, com a denominação de Magé.
No Município de Magé, temos a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade de Magé que se localiza no Largo da Matriz.
Essas terras foram doadas pela JOANA DE BARROS. A sua construção foi iniciada em 1747 e foi aberta ao culto em 1750.
Neste período, os altares laterais eram pintados diretamente nas paredes de pedra e cal.
Ainda hoje, se pode observar os restos destas pinturas históricas em um altar lateral, pertencente a São José.
De 1751 até 1768, aconteceu a conclusão da torre sineira, o frontispício (fachada principal) e a colocação dos três sinos. Entretanto no período de 1778 e 1779, passou por Magé o MESTRE VALENTIM e sua escola de arte, portanto, o altar-mor e dois altares laterais ainda conservam sua marca.
Valentim era muito religioso; todos os domingos mandava celebrar uma missa à Nossa Senhora da Piedade na Igreja do Bom Jesus, e armava na frente de sua casa um dos painéis para via-sacra. Essa devoção a Nossa Senhora da Piedade deve ter sido uma das causas dele vir a Magé e fazer trabalhos na Igreja Nossa Senhora da Piedade.
A Igreja constitui magnífico monumento do Barroco no Recôncavo da Baía de Guanabara e é tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual e, quando necessário, é restaurada pela comunidade católica de Magé.
A Igreja e a imagem de Nossa Senhora do Monte da Piedade, em si, fazem parte do rico acervo cultural mageense e parte integrante da Cultura Sacra do Estado do Rio de Janeiro.
A Matriz de Nossa Senhora da Piedade possui beleza rústica, do começo do século XVIII, com pinturas datadas de 1747; além disso, a Igreja, por ser situada no Largo da Matriz, foi cenário de muitos acontecimentos históricos, como a elevação de Magé à categoria de Vila, em 1789, a elevação da Vila à categoria de Cidade, em 1857, e a Revolta da Armada, de 1893 a 1894.
Atualmente, é denominada Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade de Magé.
(pesquisa de Givaldo Guerra)
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