sábado, 11 de fevereiro de 2023

Elzira Pinto Ramos

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes – AVIMACLA

Presidente: Ivone Boechat
Patronesse: Rute Telles de Menezes
Acadêmica: Ivone Boechat
Cadeira: 08
PERSONALIDADE QUE ESCREVEU UMA BONITA PÁGINA NA HISTÓRIA DE MAGÉ
PROFESSORA ELZIRA PINTO RAMOS
Elzira Pinto Ramos (1923-2003) filha de Antônio Pinto e Antônia Maria de Santana Pinto. Era irmã do pastor e professor José Pinto.
Senhor Antônio Pinto, pai da professora Elzira Pinto, trabalhou na construção da Fábrica de Tecidos “Bezerra de Mello” e, no ano de 1905, trabalhou nas obras de construção da Fábrica de Tecidos, em Andorinhas - 2º Distrito de Magé-RJ
A história da professora Elzira é uma linda história de superação. Nenhuma dificuldade a fez desistir de sua vocação, nada a distanciou do seu objetivo exclusivo que era educar. Desde muito cedo, ajudava às crianças de sua comunidade ensinando os deveres da Escola. Ela dedicou sua vida ao propósito de servir.
Em 10 de outubro de 1945, a professora Elzira já era contratada pela Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro como professora, recebendo mensalmente CR$ 350,00 lecionando no Grupo Escolar Joaquim Leitão e depois no Grupo Escolar Avelino Barcelos. É uma educadora pioneira no Município de Magé. Sua vida é uma referência na educação.
Em 1950, quando a Igreja Batista Central de Santo Aleixo fundou a Escola Batista A.B. Christie, professora Elzira foi convidada para ser a professora. O nome da Escola foi uma homenagem a um missionário que atuou por longos anos, na década de 40, em Santo Aleixo e Magé, ajudando na implantação de igrejas. Aí com a fundação da Escola começou uma linda história, eu e minha, irmã, Zilda, estudamos até a 3ª.série do Ensino Fundamental e foi mais vez uma revelação para a comunidade da grande e competente professora. Educada, paciente, exigente, amiga, perdoadora, alegre.
Profa. Elzira morava no final do Bairro de Andorinhas - Santo Aleixo na chácara do seu pai, e, todos os dias, vinha descendo, a pé, até chegar ao Bairro do Centro – endereço da Escola, recolhendo as crianças que os pais entregavam a ela para estudar. Na volta, a professora ia devolvendo seus alunos aos pais que os esperavam na porta de suas casas. Era uma festa.
A Escola da Igreja Batista se tornou muito respeitada não só pela proposta pedagógica, mas pela competência de dona Elzira. Ali não estudavam somente os filhos dos membros da Igreja, a maioria não era. Somente como exemplo, Neiva Clemente, nossa colega de turma, era filha do Gerente da Fábrica de Andorinhas. Filhos dos comerciantes, dos micro empresários, cujos pais não conseguiam vaga na Escola Pública, porque as matrículas eram prioritárias para os filhos de operários, corriam para a Escola Batista ou para a Escola do Sindicato. O currículo da Escola era o oficial.
Professora Elzira tocava órgão muito bem e as aulas tinham música todo dia. Havia no currículo trabalhos manuais e o recreio era orientado para estimular o folclore e as brincadeiras educativas. Em cada dia da semana, ao iniciar as aulas, os alunos cantavam os hinos cívicos.
Professora Elzira atuou na Escola Batista A.B. Christie de 1950, até o final de 1953.
No dia 11/09/1951 a professora Elzira se casou com Benedito Batista Ramos (1909-1963) violinista, e tiveram dois filhos: Elben -engenheiro e Jalce - falecido.
Quando se decidiu a ir morar no Rio, acompanhando o marido, Benedito, perdemos a professora e o professor de música. Não havia na Igreja ou na cidade outra professora experiente para continuar ministrando na Escola, então as atividades foram encerradas. Os alunos foram transferidos para o Grupo Escolar Joaquim Leitão e para o Grupo Escolar Avelino Barcelos.
Por ser uma professora pioneira em Santo Aleixo, por sua competência, por seus méritos extraordinários na superação de todo e qualquer empecilho, por sua delicadeza, pela arte e elegância nas suas decisões, pela educadora que sempre é, porque seu exemplo educará sempre,
PROFESSORA ELZIRA PINTO RAMOS É UMA PROFESSORA INESQUECÍVEL.
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