sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Manoel de Souza Paim -MAGÉ PAIM

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes - AVIMACLA

Patrono: Felipe Tiago Gomes
Presidente: Ivone Boechat
MANOEL DE SOUZA PAIM
UM GRANDE MÚSICO MAGEENSE CONHECIDO COMO MAGÉ PAIM
TOCOU NA COROAÇÃO DA RAINHA ELIZABETH II
O ponto de partida não delimita o de chegada, o sucesso só depende de nós.
Manoel de Souza Paim, nascido em 1º de maio de 1932, na rua Tuíta, em Andorinhas, 2º Distrito de Magé, bem pertinho das cachoeiras do rio que carrega o mesmo nome do lugar. Aos quatro anos de idade, foi morar perto da Praça da Prefeitura de Magé. De mãe e pai operários, assim como a grande maioria da população desta cidade, tinha na tecelagem a vocação da industria têxtil.
Porém, o pai era também um músico muito requisitado para as festividades locais e como “filho de peixe – peixinho é”, ainda muito pequeno, já acompanhava o pai, seu Etelvino, nas tocatas, chegando, ainda com apenas cinco anos de idade a tocar pandeiro, junto com seu pai na apresentação memorável de Dercy Gonçalves. Também se apresentava tocando nas sessões de cinema, pois naquela época o cinema era mudo, e para não ficar monótono, eram contratados músicos para alegrar as sessões.
Muito incentivado por sua professora, a saudosa dona Ruth Taldo, Magé Paim foi estudar música com o inesquecível Maestro Pedro Calil, que era Mestre da Banda de Música de Magé e que existe até hoje. Daí para frente não parou mais. Tocou desde flauta de taboca (bambu) até os mais requintados clarinetes e saxofones e barítonos.
Tendo ficado órfão de pai ainda criança, Paim assim como todo garoto humilde da cidade, foi trabalhar na Fábrica de Tecidos, mas sem abandonar a música, sua paixão. Ao completar 16 anos de idade, Mário Coelho o orientou a servir como voluntário no Corpo de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro.
Lá servindo como recruta das armas, logo não tardou a perceberem o seu valor como artista, e aí foi incluído na gloriosa Banda de Música da Marinha do Brasil.
Sua carreira teve um sucesso tão rápido que aos 25 anos de idade já era primeiro sargento. Era o primeiro solista de clarinete, daquela Banda de Música, porém o seu nome quase ninguém mais sabia, pois todos o conheciam não como Paim, mas como Magé, em referência à sua cidade natal.
Viajou carregado por seu talento por quase todo o mundo, da África até a Alemanha, por duas vezes.
Tocou com brilhantismo na cerimônia de coroação da rainha Elizabeth II, da Inglaterra, onde quase todas as marinhas do mundo se fizeram representar. Na França, Suécia, Dinamarca, Holanda, Itália, Espanha, Alemanha, alguns paises da África, Bélgica e em especialmente em Portugal, onde tocou para o Presidente Salazar, ficou a marca do músico Magé, conseqüentemente, honrou o nome de nossa cidade pelo seu brilhantismo.
De volta ao Brasil Mage Paim tocou em todas as capitais dos estados e em diversas cidades por este país afora, inclusive na inauguração de Brasília, onde participou da marcha (à pé ) do Rio de Janeiro até Brasília. Executado pelo Corpo de Fuzileiros Navais.
Fez, shows em boates e cabarés, televisão, integrando várias orquestras famosas, tanto do Rio de Janeiro quanto em Belém do Pará, onde serviu por quase três anos, a bem do serviço nacional.
Paim tocou também em clubes, bandas de frevo, sociedades carnavalescas e bloco de carnavais, participando inclusive da Primeira Edição da Banda de Ipanema, onde tocou em muitos e vários carnavais. Aliás, este mageense com 85 anos de idade tocou seu instrumento profissionalmente por quase até o perto de sua viagem final, em mais de sessenta carnavais.
Já reformado da Marinha, dedicou-se a manter a memória de nossa cultura, fazendo apresentações beneficentes, promovendo serestas filantrópicas e tocando cada dia como se estivesse começando tudo outra vez.
Quando perguntamos até quando pretendia tocar?... Respondeu ele: - 150 anos se Deus quiser!!!
Sua herança musical, parece que vai continuar, pois Magé Paim tem um neto que estuda violino na Escola de Música Vila Lobos e outro que mesmo sendo especial, participou intensamente do importante projeto de um grupo de percussão no Município do Rio de Janeiro, já tendo se apresentado em várias escolas, rádio o que motivou reportagens jornalísticas......
Manoel de Souza (Magé Paim) foi homenageado pela Escola Estadual de Magé, no ano de 2005, ocasião em que fizeram
um lindo relato da vida desse grande músico
E o músico incansável e querido continuou tocando para a entidade filantrópica de um grupo musical chamado Portadores do Ritmo, sendo seus integrantes pessoas portadoras de necessidades especiais, em companhia de seu neto Thiago, e o mestre André Dias. Foram feitas muitas apresentações, inclusive sendo objeto de matéria de Rádio, TVE, e Globo, com Fábio Justo.
Família de músicos, sendo irmão do Magé Guitarra (Chico Bindonga), grande guitarrista e Toninho Sampaio que foi ser professor de música em Barra Mansa - RJ
Porém, toda estrela um dia volta para o céu, e em 26 de setembro de 2018, na UTI do Hospital Naval Marcílio Dias, um jovem médico pediu para ele parar de cantar e contar suas histórias para fazer um procedimento médico. Aí encontrou sua viagem em direção ao grande criador do universo, não deixou tristeza, mas uma imensa saudade.
Deixou dois filhos e cinco netos e sete bisnetos, e sua amada esposa Maria do Carmo Machado de Souza, que já se juntou a ele no céu.
23/0/2023 - Ano do Senhor, Rio de Janeiro
Texto de Jeronymo (magépaimfilho)
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PELO ESFORÇO PRÓPRIO AO ENCARAR OS GRANDES DESAFIOS DA VIDA, POR SEU GRANDIOSO TALENTO MUSICAL, POR REPRESENTAR O BRASIL NO MUNDO E HONRAR O MUNICÍPIO DE MAGÉ POR ONDE PASSOU, A ACADEMIA VIRTUAL MAGEENSE DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES - AVIMACLA RECONHECE MANOEL DE SOUZA PAIM COMO
PERSONALIDADE QUE ESCREVEU UMA BONITA PÁGINA DA HISTÓRIA DE MAGÉ
Magé, 09 de fevereiro de 2023
Presidente
Ivone Boechat
Todas as reações:
Você e Magé Paim Filho

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