terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Rugendas

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes - AVIMACLA

Presidente: Ivone Boechat
Patrono: Rugendas
Acadêmico: Célio dos Santos da Silva
Cadeira:28
POR QUE RUGENDAS É O MEU PATRONO?
Johann Moritz Rugendas (1802-1858)
RUGENDAS MOROU EM MAGÉ - 6° DISTRITO
Rugendas, cronista viajante, pintor, desenhista, ilustrador, aquarelista e litógrafo.
Johann Moritz Rugendas (Augsburgo, 29 de março de 1802 — Weilheim an der Teck, 29 de maio de 1858) foi um pintor alemão. Era descendente de uma antiga família de artistas, cujos antecessores eram catalães e flamengos, que abandonaram a Catalunha por divergências religiosas. Foi o primeiro filho de Johann Lorenz Rugendas, o diretor da escola de artes local, pintor e desenhista e de Regina Lachler. Em 1821, aos 19 anos de idade, acompanhou a expedição do Barão Georg Heinrich von Langsdorff ao Brasil, publicando em 1835, em Paris, seu célebre trabalho Malerische Reise in Brasilien (Viagem Pitoresca Através do Brasil), no qual retrata, em belíssimas gravuras, cenas do Brasil Colonial.
A expedição Langsdorff foi uma das mais importantes incursões científicas realizadas no Brasil no século XIX. E foi graças a esse projeto que o pintor alemão Johann Moritz Rugendas veio ao Brasil, encantado por tudo o que ouvia falar.
A viagem foi idealizada e chefiada pelo médico e naturalista Georg Heinrich von Langsdorff, estabelecido no país desde 1813 como cônsul-geral da Rússia no Rio de Janeiro. Langsdorff era membro-correspondente da Academia Imperial de Ciências de São Petersburgo e tinha integrado uma viagem de circunavegação promovida pelo governo russo, ocasião em que aportou no litoral de Santa Catarina. Por ter vivido em Lisboa, tinha domínio do idioma português.
No Brasil, Langsdorff transformou sua propriedade, a Fazenda Mandioca- Vila da Estrela- hoje Vila Inhomirim, num importante polo de encontro entre cientistas e artistas europeus. Situada ao fundo da Baía de Guanabara (hoje município de Magé, no Rio de Janeiro), a fazenda tinha localização estratégica para quem pretendia viajar ao interior do país. Langsdorff disponibilizava para as pesquisas de seus hóspedes uma grande biblioteca científica, um herbário, jardim botânico e coleções zoológicas e minerais.
Rugendas morou na Fazenda Mandioca em Vila da Estrela – Magé e pintou lindas paisagens de Magé: dentre outras Porto de Vila da Estrela e Rio Vila Inhomirim, Fazenda Mandioca.
A ideia de fazer uma viagem científica exploratória ao interior do Brasil foi defendida com entusiasmo por Langsdorff junto ao governo russo, que concordou em financiar o projeto. Para acompanhá-lo, Langsdorff contratou um artista, o alemão Johann Moritz Rugendas, além de cientistas como o botânico Ludwig Riedel, o astrônomo Néster Rubtsov e o zoólogo e linguista Édouard Ménétries. Este grupo percorreu o interior de Minas Gerais entre 1824 e 1825, numa primeira etapa da viagem.
Rugendas, então com 19 anos, aceitou engajar-se no projeto de Langsdorff, provavelmente inspirado pelos relatos de viagem de Spix e Martius e pela obra de Thomas Ender, integrantes da Missão Austríaca. Durante os dois anos em que aguardou o início da expedição, adiado pelo processo de independência do Brasil, o artista registrou paisagens, fauna e flora dos arredores do Rio de Janeiro, cenas urbanas e personagens locais. Rugendas é autor de um dos conjuntos iconográficos mais importantes sobre o Brasil do início da década de 1820.
As litografias baseadas em desenhos que Rugendas produziu no Brasil foram publicadas em Voyage Pittoresque dans le Brésil [Viagem Pitoresca através do Brasil] entre 1827 e 1835. O livro é, até hoje, um dos mais conhecidos de viagem ao Brasil do século XIX. A publicação, com edições em alemão e francês, fez sucesso na época, inclusive em terras nacionais, embora hoje se possa perceber a representação europeizada dos negros escravizados e índios.
Ainda incentivado por Humboldt, Rugendas empreendeu nova viagem à América, que durou 15 anos. Viajou pelo México, Chile, Peru, Bolívia, Argentina e Uruguai, passando novamente pelo Rio de Janeiro em 1846. Pintou retratos para a família imperial, foi condecorado por dom Pedro II com a Ordem do Cruzeiro do Sul, e participou das Exposições Gerais de Belas Artes a convite de Felix-Émile Taunay, com quem tinha estabelecido uma amizade na primeira vez em que esteve no Brasil. Rugendas voltou para a Europa no ano seguinte, em 1847.Johann Moritz Rugendas (1802-1858).Johann Moritz Rugendas (1802-1858). Johann Moritz Rugendas (1802-1858).
Rugendas fez um excelente registro histórico do Brasil e Magé foi agraciado com suas telas maravilhosas.
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Você, Silvana Boechat, Cesar Coelho Gomes e outras 10 pessoas

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