quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Reinaldo José Ferreira

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes - AVIMACLA

Presidente: Ivone Boechat
Patrono:Renato dos Santos Peixoto
Acadêmico: Benedita Azevedo
Cadeira: 12
-
PERSONALIDADE QUE ESCREVEU UMA BONITA PÁGINA DA HISTÓRIA DE MAGÉ
PROFESSOR REINALDO JOSÉ FERREIRA
Conheci o Professor Reinaldo José Ferreira em 1996. Lecionávamos no Colégio Nossa Senhora da Guia, no 5º Distrito de Magé-RJ. Eu Português e Literatura, Ele História e Geografia. À época o professor tinha uma rádio comunitária, eu ficava admirada com o dinamismo daquele jovem, a correr em busca de patrocínio. Ficou pouco tempo no Colégio, pois fora aprovado no concurso do Estado e passara a trabalhar 40 horas no CIEP 127- Maurimácia, Piabetá-Magé, RJ.
Só o reencontrei em 2002, em uma reunião da "Casa do Mestre" sob a direção do Professor Matta Freire. Ali, me convidou a participar da Academia Mageense de Letras, ratificando o convite que o ex-presidente Demétrio Sena já me fizera. Participei dos últimos quatro anos de sua gestão. Fui tesoureira no biênio (2003/2004) e sua vice-presidente no biênio 2005/2006, foi com muita honra que o tive como amigo e presidente.
Com sua aprovação meu projeto da antologia em prosa e verso da AML foi levado à diretoria que o aprovou e colaborou para que muitos escritores tirassem seus escritos da gaveta. Ele teve a honra de ver a I Antologia em prosa e verso da AML, lançada na Bienal do Rio de Janeiro/2003, em sua gestão. Fiquei feliz de vê-lo feliz.
Reinaldo era um professor que não media esforços para levar a cultura mageense onde encontrava brecha. Levava sempre uma comissão de alunos ou de escritores.
Foi numa dessas comissões em visita ao “Sarau João do Rio” em Laranjeiras, RJ, que conheci o belo trabalho de Gilson Nazaré e passei a colaborar com meus haicais em seu site. Foi lá que encontrei o texto que escrevera em homenagem a Reinaldo José Ferreira, em 07 de maio de 2007 e estou publicando aqui em nova edição.
Ele estava sempre em movimento, nas escolas, nas Academias de Letras, nas feiras de livros e onde tivesse oportunidade de divulgar a cultura mageense. Fomos com ele várias vezes à Academia Brasileira de Letras. Íamos mesmo de ônibus. Sempre um grupo de 4, 5 pessoas. A última atividade que fizemos juntos, foi o Sarau de Poesia no CIEP 127. Pouco tempo antes do Acidente Vascular Cerebral.
REINALDO JOSÉ FERREIRA (1961 - 2007) brasileiro nascido em Piabetá, Município de Magé-Rj, a 25 de setembro de 1961. Filho de Manoel Tomaz Ferreira e Euller Linhares Ferreira (falecidos). Era casado com Ludmila Werneck Nogueira, com quem teve dois filhos: Reinaldo José Ferreira Júnior e Daniel Werneck Nogueira Ferreira.
Seus primeiros estudos (1ª à 8ª séries), foram feitos na Escola Estadual Alda Bernardes dos Santos Tavares. Depois ingressou no Curso de Formação de Professores do Centro Educacional Alfredo Baltazar da Silveira, ambos em Piabetá. Formou-se em História pela FEUDUC, Caxias/RJ. Começou a lecionar no Colégio Nossa Senhora da Guia, no 5º distrito de Magé- Praia de Mauá.
Após aprovação em concurso público do Estado do Rio de Janeiro, passou a lecionar História, Geografia, Sociologia e Filosofia no CIEP 127 e no Colégio Cenecista Visconde de Mauá, em Piabetá, Magé/RJ. Durante pouco tempo, lecionou também, no Centro Educacional Cozzolino, em Fragoso, Magé/RJ. Parou por não lhe sobrar tempo para a Academia e o jornal.
Começou a registrar seus trabalhos escritos, oficialmente, em 1979. Era Diretor-fundador do Jornal Sexto Distrito. Em 2002 foi laureado com a Medalha Cristóvão de Barros, da Câmara Municipal de Magé, pelos 22 anos de atuação na Imprensa e cultura do município de Magé.
Era membro fundador da Academia Mageense de Letras, ocupante da cadeira Nº 40, patronímica de Vinícius de Moraes. Em setembro de 1999 assumiu a presidência da instituição e a exerceu por três biênios, com louvor, até dezembro de 2006.
Como presidente da Academia Mageense de Letras trabalhou pela divulgação da entidade, dentro e fora do Município, com participações em atividades de outras academias e instituições literárias.
Seus trabalhos publicados estão nas Antologias em Prosa e Verso Nº I, II, III e IV, um projeto que apresentei logo ao chegar à Academia Mageense de Letras, ao final de 2002. Coordenei a publicação de cinco das seis edições existentes. Cada autor pagava pelas páginas que ocupava. O COPYRIGHT está em nome de Benedita Silva de Azevedo porque eu assinei o contrato com a editora. Queríamos lançá-la na Bienal do Livro-RJ. O editor de meus livros individuais nos ofereceu uma vaga em seu stande. mas, tinha-se de pagar logo.
Era fevereiro de 2003, Para não haver atraso na edição, por falta de pagamento, eu paguei a editora e depois recebi dos autores. Nas edições seguintes fizemos o mesmo. O editor conseguia realizar seu trabalho com a urgência que queríamos. Uma antologia por ano.
Lecionando 40 horas semanais, virava a noite preparando as edições de seu “Jornal Sexto Distrito, onde dava oportunidade aos confrades que pretendessem publicar seus textos. Tenho muitas crônicas publicadas em seu jornal.
Uma vez Christian, meu marido, teve um acidente de moto e foi levado para o hospital de Piabetá. Telefonei para Reinaldo. Quando cheguei, lá estava o professor Reinaldo José Ferreira, dando todo seu apoio.
Estava sempre preocupado com o bem estar da família. As reuniões da Academia eram feitas em sua residência. Os aniversários da entidade, festejados com muito carinho, também eram feitos lá. A comida deliciosa feita pela esposa e a irmã de Reinaldo recebiam elogios de todos. Dr. Albino, recitando seus acrósticos e cada um no seu estilo, dava sua colaboração. Foi lá que dei as primeiras orientações sobre o haicai, à confreira Iraí Verdan, que se tornou uma ótima haicaísta. A gestão do Reinaldo foi muito produtiva. O patrocínio das atividades eram cotizadas entre os acadêmicos participantes. Tenho saudade daquelas reuniões!
Depois, sofreu um AVC. Ficou internado no Hospital Adão Pereira Nunes vários dias, teve alta e voltou para casa. Alguns meses depois, sofreu outro, foi socorrido no CEMEP, em Piabetá onde faleceu, no dia 03 de março de 2007.
Esta foto recortada da minha posse na APALA - Academia Pan Americana de Letras e Artes, em 22 de agosto de 2006, na FALARJ - Federação das Academias de Letras e Artes do Rio de Janeiro, que ele, gentilmente, prestigiou. É a última foto que fizemos . Por todo seu empenho em prol da cultura mageense, REINALDO JOSÉ FERREIRA É UM PROFESSOR INESQUECÍVEL!
(Texto de Benedita Azevedo)
...
Por sua dedicação à arte de educar, pelo esforço pessoal e vitórias na sua trajetória, pela contribuição na divulgação e expansão da cultura Mageense, A Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes- AVIMACLA reconhece o
PROFESSOR REINALDO JOSÉ FERREIRA
PERSONALIDADE QUE ESCREVEU UMA BONITA PÁGINA NA HISTÓRIA DE MAGÉ.
-------------------
Magé, 15 de outubro de 2020
Presidente
Ivone Boechat
Todas as reações:
Você, Janet Santos, Jessé Do Nascimento e outras 5 pessoas

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Francisco da Silveira

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes - AVIMACLA

Patrono: Felipe Tiago Gomes
Presidente: Ivone Boechat
SOLENIDADE DE POSSE NA ACADEMIA VIRTUAL MAGEENSE DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES - AVIMACLA
Em conformidade com o seu Regulamento, a ACADEMIA concede o DIPLOMA de POSSE a
Renata Moreira Goulart da Silveira Guerra
Patrono: Joaquim Francisco da Silveira
Cadeira: 02
que neste momento se compromete a cumprir os seus deveres acadêmicos, tais como se esforçar pelo engrandecimento e a Expansão da Cultura Mageense, Cumprir e respeitar a Lei de Direitos Autorais, Zelar pelo bom nome da Academia.
Magé, 30 de outubro de 2020
Ivone Boechat
Presidente
POR QUE JOAQUIM FRANCISCO DA SILVEIRA É MEU PATRONO ?
Comecei a pesquisar e escrever sobre a história de minha família por volta do ano de 1999... Não tinha objetivo algum de tornar a coisa pública. Era apenas para que minhas filhas conhecessem suas origens. Interrompi o trabalho por falta de tempo e somente dez anos depois voltei a me dedicar ao assunto. Tinha muita lacuna a ser preenchida. Recomecei a mergulhar nas pesquisas, viajei em busca de documentos, visitei igrejas, cartórios, arquivos familiares, sítios da internet...
Pesquisando descobri o homem JOAQUIM FRANCISCO DA SILVEIRA, nascido na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Sebastiana - Nova Friburgo/RJ (hoje essas terras estão anexadas ao território do município de Teresópolis), em 28 de novembro de 1868. Filho de pais portugueses, abastados e cultos, fazendeiros, produtores agrícola, possuidores de uma olaria e conscientes da necessidade de transmitir boa formação cultural aos filhos. A família passou pelo drama da morte de seus progenitores, vitimados por uma epidemia de cólera na região. Nessa época JOAQUIM, que era o filho caçula, estava com quatorze anos e menos de dois anos depois, foi se aventurar na província do Rio de Janeiro com um de seus irmãos. Conheceu neste local um comerciante mageense que o convidou para trabalhar em Magé. Assim chegou a esta por volta de 1887.
JOAQUIM, apesar de muito jovem, logo se destacou na cidade e abriu seu próprio negócio. Primeiro uma pequena taberna e em seguida um grande empório. Se casou com Belmira Maria Maciel da Silveira, com ela teve o primeiro filho (Manoel Francisco da Silveira - Maneco Silveira) e ficou viúvo pouco menos de um mês depois do nascimento deste menino. Contraiu segundas núpcias com Zulmira Martiny da Silveira e teve mais dezessete filhos, sendo que desses apenas a última criança não nasceu em Magé. Além da família, tinha como paixão a cidade de Magé, onde foi líder político, vereador por mais de um mandato, 1º suplente do substituto de Juiz Federal na circunscrição de Magé (1902 a 1905; 1910 a 1916) - através de eleição, negociante, capitalista, projetista, empreiteiro, artista amador e correspondente jornalístico. Muito culto, valorizava a ciência e entendia a necessidade do convívio harmônico homem x natureza.
Em 1894, foi obrigado a se refugiar na Argentina, após ataque sofrido à sua residência e empório, no evento conhecido historicamente como “Os Horrores de Magé”. Lá sobreviveu como mascate e professor de português, ao mesmo tempo em que aprendeu o espanhol e aprofundou o seu domínio da língua francesa. Ao retornar para Magé, voltou cheio de novas ideias empreendedoristas. Trouxe a primeira bicicleta para a cidade, assim como foi o primeiro a comercializar máquinas de costura no local.
Em 1910, projetou e empreitou a atual Praça Nilo Peçanha, saneando o antigo e insalubre Largo do Roccio Grande. Neste mesmo período, convenceu ao governo local que o arborizamento e embelezamento do centro da cidade, refrescaria a mesma, ajudando ainda a impedir o desgaste do solo com as enxurradas. Conseguiu autorização e apoio, liderando o plantio de árvores em todo o centro da cidade. Nas atuais ruas Simão da Motta, Dr. Siqueira (até a Praça Comendador Guilherme e adjacências), Padre Anchieta... Praças Nilo Peçanha, da Bandeira, também extinta praça da “estação” e a ainda a popularmente conhecida como “praça da delegacia”. Os flamboyants e oitis tão característicos na cidade de Magé, até alguns anos atrás, foram plantados por iniciativa dele. Ainda hoje, existem oitis na Praça Nilo Peçanha, plantados em frente a sua residência e empório na época.
Problemas políticos fizeram com que se afastasse da cidade, por ser um homem que acreditava que a política devia ser usada em benefício do povo e não de alguns, se tornando em muitos momentos a sua luta solitária. Após aproximadamente trinta anos dedicando sua vida a Magé, transferiu-se para Petrópolis em 1917 com a família, onde se dedicou à produção agrícola, deixando alguns de seus negócios em Magé com o único filho “Maneco Silveira”, que permaneceu na cidade.
Em 7 de julho de 1949, aos oitenta anos, faleceu no então quinto distrito de Petrópolis - São José do Rio Preto e foi sepultado em Itaipava.
Onde está o meu encantamento que justifique torná-lo meu PATRONO além de ser este homem meu bisavô paterno? Nas centenas de artigos que escreveu e publicou como correspondente jornalístico (já organizados em coletânea por mim, e que será em breve publicada), narrando uma Magé vivida por ele. Foi através de sua narrativa que me apaixonei e resolvi me aprofundar no estudo da história mageense e seus personagens esquecidos, dessa forma entendendo hoje também, o tamanho do amor que meu pai - Renato Goulart da Silveira, nutriu a vida toda por sua terra Natal.
Renata Moreira Goulart da Silveira Guerra
Magé, 30 de outubro de 2020
Presidente
Ivone Boechat

Rizolêta Matuck Lançamento Livro Nuvens que Passam

 Academia Virtual Mageense de Ciências, Letras e Artes - AVIMACLA

Patrono: Felipe Tiago Gomes
Presidente: Ivone Boechat
SOLENIDADE DE LANÇAMENTO DA SEGUNDA EDIÇÃO DO LIVRO NUVENS QUE PASSAM DE AUTORIA DA POETIZA RIZOLÊTA MATUCK
O9 DE JUNHO DE 2022
Todas as reações:
Você, Silvana Boechat, Cesar Coelho Gomes e outras 24 pessoas