Meu pai
Ivone Boechat
Gosto de
rever
a imagem
forte do meu pai,
tremendo
o assoalho
ao
caminhar.
É doce me
lembrar
como se
temia
quando
ele perdia
a
abotoadura,
o
guarda-chuva,
a chave
de fenda!
Hoje é
lenda
a figura
enigmática,
a
disciplina dura,
a rotina
sistemática.
Pai não
morre,
corre na
frente
pra
levantar o segredo do véu
e guardar
pra gente
o lugar
mais estrelado do céu.
Publicado
no meu livro Amanhecer 3ª.edição Reproarte RJ 2004
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