sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Jornal de Caxambu

Presente em Caxambu com a palestra: "Novas Competências Didáticas numa Abordagem da Inteligência Emocional ", Ivone Boechat fala ao noticiarama.com. Natural do Estado do Rio; Membro da Academia Duquecaxiense de Letras e Artes de Duque de Caxias, educadora;escritora; recebeu a Medalha" Lux in Tenebris" do Sindicato dos Professores do estado do Rio de Janeiro; PhD - Psicologia Educação entre outros. Seu site é: http://www.ivoneboechat.com.br/



Noticiarama: Como você vê o papel das políticas públicas para essas Novas Competências e para a viabilização das mesmas no panorama educacional brasileiro?


Eu vejo com alegria e com tristeza, porque elas não alcançam o professor. É ônibus, almoço, jantar, material, mochila, uniforme, é prédio bonito, é tudo e o professor ganhando tão pouco.
Enquanto a política pública não alcançar o professor, esses outros recursos (eles são maravilhosos, ultra-necessários) serão embaçados pela desmotivação e muitas vezes, pela falta de condições do professor de se preparar adequadamente para assumir esse evolução toda. Não adianta você ter computador de última geração com professor, cujo último que leu foi o do Biotônico Fontoura, não adianta! Então, nós temos que contemplar o professor com cursos, abatimento nas universidades, nas faculdades, vaga para o professor fazer os cursos, ônibus para estudar; a exemplo de Mato Grosso, que já faz isso.

Noticiarama: E o papel da sociedade em tudo isso? Haveria posturas que a sociedade poderia ter para que esse panorama fosse outro?


A sociedade, eu sempre digo, é a cara da escola. Se a sociedade está viciada na violência é porque nós não podemos acabar com a violência, mas nós temos que reduzir o gosto por ela. E nós não temos recursos para diminuir, para reduzir essa apreciação da violência, ela dá IBOPE a todos os canais que mostram violência e a cada dia que passa a mídia se especializa em mostrar mais_ em tempo real.

Eu fico muito perplexa com isso. Eu acho que nós da escola podemos também fazer a nossa parte e às vezes não estamos fazendo. Você vê a música da escola, é violenta! Ela, a escola (claro, que não todas!) adota a música da violência, o comportamento, muitas vezes, de uma política também de violência. É uma pena.


Reportagem: Roberta Nogueira

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